Além dos tradicionais impostos, janeiro também é o mês de comprar os materiais escolares das crianças. Para quem deseja economizar, isso pode torna-se uma tarefa trabalhosa, afinal, segundo pesquisa realizada pelo Mercado Mineiro, os valores dos objetos pedidos na lista podem variar 500% de uma loja para a outra.
Itens como tesoura pode custar de R$ 1,50 a R$ 3,90 (diferença de 160%), um lápis preto é encontrado de R$ 0,40 a R$ 1,30 (variação de 225%), há caixas de lápis de cor de R$ 9 a R$ 27,90 (disparidade de 210%) e uma cola de 40 gramas é achada de R$ 0,90 a R$ 3,99 (discrepância de 333%).
Itens que não podem estar na lista:
As instituições são proibidas pela lei de cobrar objetos que são de uso coletivo:
Álcool | Água mineral | Agenda escolar específica da escola |
Algodão | Balões | Barbante |
Bastão de cola quente | Botões | Canetas para lousa |
Carimbo | CDs, DVDs e outras mídias | Clipes |
Cola para isopor | Copos descartáveis | Cotonetes |
O coordenador do site Mercado Mineiro Feliciano Abreu afirma que os pais devem procurar diferentes lojas para pesquisar o preço dos itens exigidos antes de comprá-los. “Além disso, quem adquire os materiais escolares em duas ou três papelarias diferentes pode economizar de 30% a 40%”.
Outra questão levantada por Abreu é a diferenciação de preço que um mesmo objeto pode ter. Segundo ele, um caderno que possui uma capa dura ou que tem algum artista estampado pode custar até duas vezes mais do que um da mesma qualidade sem esses adereços. “Os pais tem que pensar se esse tipo de investimento vale a pena, principalmente em anos de recessão como os que estamos vivendo”.
O coordenador reitera que esse é o momento para que os responsáveis pelas crianças coloquem o poder de persuasão em prática. “Agora é importante ter poder de negociação, chegar em uma papelaria e mostrar uma lista de preços que demonstre que há uma base de conhecimentos sobre os valores praticados no mercado. Não vale, nesse caso, chutar o preço ou falar que se lembra do ano passado”.
Reaproveitamento
Outra atitude que pode ajudar os pais a economizarem é reaproveitar o material do ano anterior. Abreu enfatiza que há como reutilizar os lápis de cor, caderno e, em algumas instituições, é possível reusar os livros. Foi isso que a cabeleireira Fabiana de Faria fez. Ela conta que a escola onde o seu filho de 3 anos estuda devolveu os lápis de colorir e eles estão praticamente novos. “Tenho a sorte que Luiz Antônio é muito cuidadoso e ele não quebrou nenhum giz de cera”, completa.
Além disso, Fabiana não deixou para a última hora e já comprou os materiais escolares. Para o filho Luiz, ela gastou R$ 400, pois teve que adquirir uma pasta e merendeira novas, e para a Emily, sua filha de 9 anos, o valor investido foi de R$ 500. “Neste ano não consegui pesquisar o preço da lista, pois fiz uma cirurgia que me impossibilitou. Mas nos anos anteriores, sempre saio de Barão de Cocais e venho para Belo Horizonte”.
Segundo Abreu, comprar os materiais escolares fora de época pode ser uma boa estratégia para economizar. “Sabemos que o final de dezembro e o início de janeiro é o momento em que as pessoas vão adquirir esses objetos, porque elas sempre deixam para última hora. Além disso, há uma demanda grande, mas a concorrência é acirrada, o que resulta na queda do preço em alguns casos”.
Sites e apps para economizar no material escolar:
- No Facebook e WhatsApp é possível achar grupos nos quais pais estão vendendo materiais escolares e livros usados mais baratos.
- Além das redes sociais, há o aplicativo Yzye. Ele é especializado em troca, compra e venda de livros de segunda mão.
- Também é possível encontrar os objetos mais em conta em sites como OLX, Mercado Livre, Livronauta e Estante Virtual.
- E os cupons de descontos de até 20% para compras online estão disponíveis no Cuponomia e Buscadescontos.
Reprodução autorizada
Jornal Edição do Brasil