A Polícia Civil de Minas Gerais lançou oficialmente, nesta quarta-feira, 5, na plataforma on-line Microsoft Power BI, com dados de pessoas desaparecidas e localizadas em todo o estado. Os dados, disponibilizados para consulta pública, podem ser acessados pela internet. Por meio desse serviço, é possível analisar de forma detalhada o cenário referente ao desaparecimento de pessoas em Minas Gerais, desde 2019 até atualmente.
Segundo o diretor de Estatística e Análise Criminal da Superintendência de Informações e Inteligência Policial, delegado Diego Fabiano Alves, os dados sobre o quantitativo, bem como o perfil das pessoas desaparecidas e localizadas, foram extraídos da Base Integrada de Segurança Pública, onde constam informações obtidas do sistema do Registro de Evento de Defesa Social. “Isso ressalta o quão é relevante o preenchimento correto e detalhado do Reds”, avalia.
De acordo com a chefe da Divisão Especializada de Referência da Pessoa Desaparecida, delegada Ingrid Estevam, a ferramenta contribuirá substancialmente para que o cenário sobre o desaparecimento de pessoas em Minas Gerais seja ainda melhor compreendido.
“Para que haja a otimização de políticas públicas voltadas ao trabalho de localização de pessoas, é fundamental termos o ‘mapa’ do desaparecimento no estado. Sabermos o número de desaparecidos e localizados, conhecermos o perfil de desaparecidos, além de tantos outros dados relevantes, é, certamente, um grande avanço da PCMG na matéria de desaparecimento”, destaca Ingrid.
Para a chefe do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa, delegada Alessandra Wilke, unidade à qual a DRPD está vinculada, o projeto demonstra o esforço constante da PCMG em ser cada vez mais eficiente quando o assunto é localização de pessoas desaparecidas.
A ferramenta também terá grande aplicabilidade no trabalho da imprensa. “A plataforma trará mais rapidez e autonomia para os jornalistas, que poderão acessar os dados no momento que necessitarem, inclusive usando filtros de busca que os ajudarão a se adequarem ao enfoque de cada pauta”, explica a jornalista e analista da PCMG Iriana Mol.