Fui à primeira Conferência de Inovação e Desenvolvimento para a Zona da Mata Mineira (CONIDE) realizada em Juiz de Fora. O assunto interessa a região da Zona da Mata e sou um entusiasta do tema. Ouvi com muita atenção tudo o que disseram os empresários, empreendedores, estudantes e representantes de diferentes instituições. As contribuições visando o desenvolvimento socioeconômico da região foram valiosas.
Paulo Haddad, ex Ministro da Fazenda do governo Itamar Franco abriu a Conferência e deu um exemplo de como o homem é capaz de viver “o seu tempo” independente da idade cronológica. Além do conhecimento histórico, adquirido numa carreira profissional exemplar, falou, principalmente para os jovens, alertando para a necessidade de estarem sempre atualizados e atentos às características do presente que aponta para um futuro onde o conhecimento, a experiência vivida, pesquisas e inovações devem estar juntas para fazer o desenvolvimento avançar. Paulo Haddad reconhece que a crise econômica do Brasil é a pior em um século e mereceu aplausos ao revelar o seu otimismo com o futuro.
No segundo dia da CONIDE, uma das palestras mais concorridas foi a do Presidente do Grupo Bahamas. Jovino Campos contou a história do empreendimento, as dificuldades que enfrentou e as saidas encontradas para alavancar os negócios e se tornar uma das maiores redes de suspermercados do Brasil atuando só em Minas Gerais. Depois fomos juntos assistir o painel “Inovação e Desenvolvimento na Zona da Mata Mineira” apresentado pelo professor Fernando Salgueiro Perobelli e Rubens Amaral, gerente de Planejamento do BDMG – Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais. O painel “Startups e tecnologia” fechou o encontro.
A CONIDE nos apresentou um novo conceito de eventos com uma programação que incluiu painéis, palestras e sessões simultâneas com temáticas diferentes ligadas ao agronegócio, comércio, indústria, serviços e turismo. Posso dizer que me surpreendi com uma programação de alto nível de sabedoria onde os palestrantes foram escolhidos a partir da experiência de mercado e pela atuação acadêmica e pesquisa. A Conferência, por si só, vai provocar efeitos nos mais diferentes setores.
No mesmo ambiente não faltaram as oportunidades de negócios para os empresários estabelecerem parcerias com pesquisadores, especialistas de diferentes áreas, consultores e divulgadores de projetos. A inovação para o avanço dos negócios começa aí e vai indicar os caminhos da reestruturação das cidades influenciando, inclusive, na formação de “políticos e políticas” mais inteligentes que aproximem as pessoas. Torço para que isso aconteça. Há um legado que deverá ser avaliado daqui a um ano.
Sérgio Rodrigues – Jornalista