Foi lançado nesta segunda, 3, o edital para o Concurso de Cartuns “Educação, Justiça e Arte”. Realizado pelo Ministério Público de Minas Gerais , representado pelo Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Defesa da Educação (Caoeduc), o Observatório de Comunicação (Lei.A) e a entidade Cartunistas Mineiros Associados (Cartuminas), com parceria da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, o concurso tem como tema “Ensinar e Aprender”. Aa iniciativa busca estimular o pensamento crítico e a produção criativa dos estudantes do ensino médio da rede pública estadual de Minas Gerais.
O cartum, por definição, é uma ilustração humorística atemporal, sobre temas universais, como o cotidiano e os comportamentos humanos. Assim como a letra de uma música de rap, o roteiro de um filme, uma peça de teatro ou uma pintura, bem como qualquer outra forma de expressão artística, também são formas e meios para “ensinar e aprender”.
Segundo a secretária de Estado Adjunta de Educação, Geniana Guimarães Faria, iniciativas que envolvem as artes promovem o engajamento dos estudantes e contribuem para melhorar o ambiente escolar, pois abordam aspectos socioemocionais. “O cartum é um gênero textual que, por meio do humor, propõe a reflexão sobre temas relevantes. E sempre tem aqueles estudantes que gostam de desenhar. Essa linguagem dialoga, em especial, com os adolescentes e jovens. Eles conseguem, muitas vezes, transmitir por desenhos aquilo que não conseguem dizer verbalmente”, explica.
O concurso se destina a estudantes do ensino médio da rede pública de Minas Gerais. Para participar o estudante deve criar um cartum que aborde o tema “ensinar e aprender”, preencher o formulário on-line e enviar sua criação até o dia 9 de agosto. Os trabalhos selecionados por uma comissão julgadora serão premiados, juntamente com suas respectivas escolas, e participarão de uma exposição coletiva ao lado de trabalhos de renomados cartunistas de todo o país.
A promotora de Justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da Educação (Caoeduc/MPMG), Ana Carolina Zambom, destaca a importância de usar a linguagem artística para envolver os estudantes na reflexão sobre o processo de ensino e aprendizagem.
“O tempo inteiro, estamos aprendendo. Seja com nossos professores e mestres ou com as pessoas mais velhas, com as tecnologias, com nossos colegas, com a própria natureza e tantas outras maneiras. Aqui buscamos usar a linguagem artística para estimular os próprios estudantes a refletirem sobre esse processo de ‘ensinar e aprender’ e, assim, democratizar essa reflexão sobre a educação no Brasil”, diz.
O projeto “Justiça e Arte”, criado em 2021 tem na atual edição a participação de 12 dos mais relevantes cartunistas do país – como Laerte, Adão Iturrusgarai, Bennet, Marcos Jacobsen, João Montanaro, Lafa, Duke, entre outros – e 12 promotores de Justiça do MPMG ligados à defesa da Educação, da Criança e do Adolescente.
Cada cartunista produziu uma charge sobre um direito relacionado à Educação. Foram abordados temas como educação inclusiva, transporte escolar, gestão democrática, protagonismo juvenil, cultura de paz nas escolas, entre outros. A partir das charges, também foi produzida uma websérie com os promotores e os chargistas.