Em novembro, é celebrado dia 19 o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, uma data para valorizar a força e o protagonismo das mulheres à frente dos negócios. Em Minas Gerais, o cenário é promissor e mostra que, cada vez mais, as mulheres estão conquistando seu espaço. Segundo levantamento realizado pelo Sebrae Minas, com base em dados da Receita Federal, do total de 2,1 milhões de pequenos negócios ativos em Minas Gerais, 40,9% (o equivalente a 897.481) são liderados por mulheres. Esse resultado posiciona o estado em segundo lugar no Brasil, atrás apenas de São Paulo.
Em nível nacional, as mulheres respondem por 41,5% dos pequenos negócios, em um universo de 8,3 milhões de empreendimentos. A faixa etária predominante entre as empreendedoras mineiras é de 31 a 40 anos: 27,7% do total, o que sugere uma presença significativa de mulheres em uma fase mais madura da vida profissional, com mais experiência e conhecimento de mercado, aspectos que podem favorecer o sucesso e crescimento dos negócios.
Na análise por segmento econômico, o setor de Serviços lidera, com mais de 450 mil empresas comandadas por mulheres, seguido pelo Comércio, que reúne 274 mil empresas sob liderança feminina. Entre as principais atividades empresariais estão Comércio Varejista de Artigos de Vestuário e Acessórios; e o setor de beleza, com Cabeleireiros, Manicure e Pedicure. Segundo o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva, “esses dados mostram que as mulheres tendem a empreender em segmentos que demandam menor capital inicial e oferecem flexibilidade, fatores que facilitam a entrada no mundo dos negócios”, explica.
Ele ressalta que as perspectivas para o empreendedorismo feminino no estado são positivas e sinalizam uma evolução do mercado. “À frente de quase 900 mil empreendimentos, as mulheres de Minas Gerais não apenas consolidam sua posição no mundo empresarial, como também impulsionam mudanças sociais importantes, rompendo barreiras históricas e de gênero. Ainda existem muitos desafios, mas, com programas de capacitação, ações de incentivo e políticas públicas, as mulheres estão cada vez mais conquistando seu espaço no mercado empreendedor”, destaca.
Silva aponta, ainda, a necessidade de capacitar as mulheres para setores tradicionalmente masculinos. “À medida que políticas públicas e iniciativas de apoio ao empreendedorismo se tornam mais inclusivas e direcionadas às necessidades das mulheres, é essencial fomentar a diversificação nas áreas de atuação, incentivando um aumento gradual de lideranças femininas em setores tradicionalmente dominados por homens, tais como tecnologia e inovação. Essa diversificação é crucial para fortalecer a economia e ampliar o impacto das empreendedoras em setores de maior valor agregado”, comenta o presidente.
Cenário Nacional
Dados da pesquisa Monitor Global de Empreendedorismo 2023 revelam que o Brasil caminha para ter, majoritariamente, empresas comandadas por mulheres. Segundo o relatório, dos 47,7 milhões de empreendedores com intenção de entrar no mercado até 2026 – os chamados empreendedores potenciais – 54,6% são mulheres. Os números contrastam com a pesquisa do ano anterior, em que os homens ainda dominavam com um percentual de 55%.
Além disso, um relatório técnico do Sebrae sobre Empreendedorismo Feminino, divulgado em março de 2024, aponta que as mulheres empreendedoras vêm conquistando cada vez mais espaço dentro do universo de Donos de Negócios no Brasil. Do total de 30 milhões de empreendedores, as mulheres somam mais de 10 milhões de donas de negócios. Além disso, 49,8% das empreendedoras se declaram negras, o que mostra que o empreendedorismo feminino no Brasil é diverso.
Fonte: Sebrae