As cooperativas “virtuais” estão em expansão no Sul de Minas. Apesar de serem conhecidas dessa forma entre os pecuaristas, elas não têm uma relação direta com o mundo on-line. São cooperativas juridicamente constituídas, mas sem uma base física ou quadro de funcionários. O modelo funciona bem há mais de 11 anos em Silvianópolis, onde existem duas cooperativas nesse formato, a Cooperativa de Produtores de Leite de Silvianópolis (Cooplesil) e a Cooperativa de Produtores de Leite Santana (Coopersanta).
A Cooplesil foi fundada em 2010 e atualmente tem 69 produtores cooperados, que produzem cerca de 550 mil litros de leite por mês. Já a Coopersanta, criada em 2015, tem 43 cooperados e uma produção mensal aproximada de 330 mil litros. “Tudo começou com uma associação. Os pecuaristas se juntaram para vender em conjunto, mas a estrutura jurídica de associação tem muitas limitações e daí eles decidiram migrar para a cooperativa, que é um formato organizacional mais eficiente para esse propósito”, afirma o técnico local da Emater-MG, Daniel de Oliveira.
O modelo tem dado bastante certo na região e até foi criado um braço da Cooplesil em Turvolândia, também no Sul de Minas. O município de Cordislândia, na mesma região, também tem uma cooperativa virtual. O coordenador técnico regional da Emater-MG em Alfenas, Marcelo Martins, diz que o formato oferece vários benefícios para os pecuaristas. “O principal benefício que um grupo tem é a sua união e, da forma virtual, os custos são muito menores. Você tem o benefício de fazer as compras e as vendas em conjunto, mas sem o custo de uma estrutura física”, argumenta Martins.