Entre o fechamento de fronteiras e entradas de estrangeiros, o isolamento social com o fechamento de escolas, igrejas e comércios é a principal medida adotada para o controle da contaminação por Coronavírus.
Atendendo a decretos federais, estaduais e municipais vários locais foram fechados e a população passou a ser conscientizada para que ficasse em casa. Conforme o avanço da doença no Brasil, com o alto índice de crescimento e também no número de mortes em decorrência da doença, medidas que antes eram simples orientações passaram a valer como força de lei.
– O crescimento expressivo –
O primeiro caso de coronavírus no Brasil foi registrado no dia 26 de fevereiro, hoje dia 22 de março já são 1604, casos confirmados.
A primeira morte foi registrada menos de 20 dias do primeiro caso, ela ocorreu no dia 16 de março, e hoje, dia 22, apenas 6 dias depois já são 25 mortes em todo o país.
Essa alta preocupa muito principalmente se analisada a curva do crescimento da doença e comparada com a curva de crescimento apresentada pela Itália, o país mais atingido pela doença:
O gráfico acima mostra as projeções da Unesp para os próximos dias – a projeção tem um intervalo de mínimas e máximas. Veja as estimativas:
- segunda-feira (23) – 2.003 casos;
- terça (24) – 2.714 casos; a previsão máxima é de até 3,4 mil casos na terça.
Uma forma de acompanhar a epidemia é seguir o tempo de duplicação dia a dia. Se as ações de contenção surtirem efeito, vamos observar o tempo de duplicação aumentar. Quanto mais baixo for esse intervalo, mais rápida corre a pandemia no país.
O tempo de duplicação se reflete na “curva” de casos, que as autoridades tanto querem “achatar”, evitando assim sobrecarga nos sistemas de saúde.
O gráfico acima mostra duas possibilidades de avanço de uma doença — uma tem um crescimento abrupto, acima da capacidade de absorção do sistema de saúde, e outra mais suave, distribuída ao longo de um número maior de dias, por isso, as autoridades de Saúde de todo o Brasil intensificaram nas últimas semanas os pedidos para que a população fique em casa. O isolamento social é defendido como o meio mais eficaz para achatar a curva da epidemia do coronavírus.