Após se espalhar por diversos países do globo contaminando milhares de pessoas, os países começam a reforçar a proteção para conter a contaminação em massa.
– Bloqueio de entrada –
Em 27 de fevereiro, a Arábia Saudita suspende temporariamente a entrada de peregrinos que visitam a mesquita do profeta Maomé e os lugares sagrados do Islã em Meca e Medina, bem como turistas de países afetados pelo coronavírus. Neste mesmo dia o segundo português é hospitalizado no Japão “por indícios relacionados” com o Covid-19, também tripulante do navio de cruzeiros Diamond Princess.
– Planos de Contigência –
A DGS divulga orientações às empresas, aconselhando-as a definir planos de contingência para casos suspeitos entre os trabalhadores que contemplem zonas de isolamento e regras específicas de higiene, e para portos e viajantes via marítima, que define que qualquer caso suspeito validado deve ser isolado e que apenas um elemento da tripulação deve ter contacto com o passageiro.
Em 28 de fevereiro a Suíça proíbe pelo menos até 15 de março qualquer evento público ou privado que reúna mais de mil pessoas. A Comissão Europeia solicita aos Estados-membros da União Europeia que avaliem os impactos econômicos do novo coronavírus. Já a OMS aumenta para “muito elevado” o nível de ameaça do novo coronavírus.
Os Responsáveis da Feira Internacional de Turismo de Berlim anunciam a suspensão do evento, considerado o maior do mundo, que se deveria realizar entre 04 e 08 de março. O governo português reforça em 20% o estoque de medicamentos em todos os hospitais do país, além de preparar um eventual reforço de recursos humanos.
No dia 29, o governo francês anuncia cancelamento de “todas as concentrações com mais de 5.000 pessoas” em espaços fechados e alguns eventos no exterior, como a meia-maratona de Paris. Neste mesmo dia, acontece a primeira morte em decorrência da contaminação nos Estados Unidos.
– Alta hospitalar e alta no número de casos –
Em 1 de março. Adriano Maranhão, primeiro português infectado no Japão, tem alta hospitalar, porém no dia seguinte o seu país de origem, Portugal confirma os dois primeiros casos e o governo português divulga um despacho para que os serviços públicos elaborarem planos de contingência para o surto de Covid-19.
No dia 3, o número de infetados em Portugal sobe para quatro e é confirmada a primeira morte na Espanha enquanto a Itália confirma 79 mortes. Ao todo o mundo registra mais de três mil mortos e de 91 mil infetados em todos os continentes, segundo dados da OMS. Os países mais afetados são China, Coreia do Sul, Irã e Itália.
– Primeiras mortes na África e América Latina –
No dia 8 são registradas as primeiras mortes no continente africano (Egito) e na América Latina (Argentina). No dia 11, a OMS declara doença Covid-19 como pandemia, alertando para aumento do número de casos e mortes e apontando “níveis alarmantes de propagação e inação”. Neste dia, a Turquia anuncia primeiro caso num homem regressado da Europa. Mais de mil médicos disponibilizam-se para reforçar a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde.
– A Pandemia –
A Organização Mundial de Saúde declara que Europa é o centro da pandemia, com o número de mortos em todo o mundo a passar de 5.300. O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declara estado de emergência nacional. A União das Associações Europeias de Futebol (UEFA) suspende todos os jogos sob a sua égide, incluindo Liga dos Campeões e Liga Europa. E a República Checa anuncia fechamento total das fronteiras à partir de 16 de março.
– Fechamento de escolas e universidades –
No dia 13, o governo de são Paulo anunciou o fechamento das escolas públicas e privadas à partir do dia 16. No mesmo dia o governo do Rio além de decretar a suspensão das aulas, vai além, determina a suspensão por 15 dias de todos os eventos públicos, incluindo cinema e teatro. Já em Minas Gerais a paralisação foi anunciada no dia 15, para valer à partir do dia 18. A medida a princípio era programada para durar apenas 3 dias.
– Primeira morte do Brasil –
No dia 16 de março Portugal regista a primeira morte devido ao coronavírus. Coincidentemente no mesmo dia foi a vez do Brasil registrar a primeira morte, a vítima do estado de São Paulo é um homem de 62 anos que estava internado no Hospital Sancta Maggiore, da Rede Prevent Senior, no Paraíso, na capital paulista. Ele morava na cidade de São Paulo e tinha histórico de diabetes e hipertensão, além de hiperplasia prostática — um aumento benigno da próstata que não é uma doença, mas uma condição comum em homens mais velhos e que pode causar infecções urinárias. A vítima teve os primeiros sintomas da doença no dia 10 de março, sendo internada quatro dias depois, dia 14, e falecendo às 16h03 do dia 16.
– Número de casos –
No momento em que a primeira morte no Brasil foi anunciada pelo governo de São Paulo, o país já contava om 314 casos confirmados da doença causada pelo vírus em todo o Brasil, confirmados pelas secretarias de Saúde dos estados, 162 só em São Paulo.
No mundo todo mais de 170 mil casos eram confirmados com 7 mil mortes em 152 países e territórios.